Ser um introvertido significa ter menos felicidade?

A felicidade é uma obsessiva alusão. Todos desejam ser felizes. É frequentemente considerada um objetivo. O que dizer deste assunto quando se trata de introvertidos?

Ser um introvertido pode significar ter menos felicidade?

Eu fui recentemente confrontada com a seguinte questão de uma leitora. Segundo ela, ao ler sobre introvertidos ‘ilustres’: gênios das ciências, presidentes de nações, filósofos, escritores… etc, surgiu-lhe a seguinte questão:

– Como podemos nos sentir plenos e felizes sendo ‘apenas’ introvertidos?… Ou seja, sendo um introvertido comum – que não é filósofo nem escritor nem um pensador famoso.

Bem, podemos começar por assumir que genialidade – ou não – não é sinônimo de felicidade. E até poderíamos deixar por aqui este assunto. Mas, a verdade é que, em uma sociedade que onde habilidades extrovertidas, como acesso fácil às emoções positivas, entusiasmo e exaltação são considerados critérios para ser feliz, é possível que um introvertido se sinta, na melhor das hipóteses, desconfortável acerca de si mesmo, na pior delas, deprimido.

O que é felicidade?

A Psicologia Positiva é um campo que, ao contrário dos outros ramos que são focados em estudar o que está errado, foca-se em tentar perceber o que está certo. Ela investiga tópicos como a resiliência, a motivação, e sim, a felicidade.

Para a Psicologia Positiva, a felicidade é um termo complexo. Por esta razão desde 2004  ela, através do livro Felicidade Autêntica, de Martin Seligman, passou então a empregar o termo Bem-estar. Essa mudança de nomenclatura surgiu a partir de diversos questionamentos que destacavam a felicidade como um conceito complexo de ser operacionalizado em termos de um construto psicológico. A expressão bem-estar, em contrapartida, possui uma aceitação maior nos meios científicos e acaba por resumir de modo mais adequado a proposta desse referencial. Segundo a Psicologia Positiva, não há uma solução única para atingir-se um estado de bem-estar. Por este motivo o termo pode ser mensurado em cinco fatores: emoção positiva, engajamento, sentido, relacionamentos positivos e realização.

O 5 Pilares do Bem-estar

Para experienciar a felicidade, um indivíduo deve entrar em contato com estes cinco pilares.

  • O primeiro pilar são as Emoções Positivas – elas podem ser de alta-intensidade – como alegria, entusiasmo, êxtase – ou de baixa-intensidade – como tranquilidade, paz, calma.
  • O segundo pilar é Engajamento – ele é parecido com o Mindfulness. Estar engajado significa estar totalmente presente.
  • O terceiro pilar é o Sentido – aqui o foco passa a estar no outro. Viver com significado abrange algo ainda maior. Isto inevitavelmente toma a forma do serviço aos outros através do seu trabalho.
  • O quarto pilar refere-se aos Relacionamentos Positivos – a qualidade de suas relações com os outros é o que mais conta aqui. As relações que sejam saudáveis, estimulantes e positivas.
  • O quinto pilar é a Realização – os seres humanos gostam de fazer coisas pelas suas próprias causas. Como resolver problemas, construir coisas, e fazer algo que ainda não tenha sido feito antes.
A felicidade é só para os extrovertidos?

Vamos começar pelo começo… contexto é importante e a cultura fornece contexto – sendo um extrovertido em uma cultura introvertida como a Ásia ou introvertido em uma cultura extrovertida como a americana – você pode estar mais propenso à depressão. Mas, olhando para o que foi descrito anteriormente, se a felicidade pode ser estreitamente definida como sendo o acesso à emoções positivas elevadas, como entusiasmo, exaltação e  excitação, logo, há aqui uma clara vantagem dos extrovertidos. Mas, se o conceito de felicidade for ampliado para abranger uma baixa excitação com emoções positivas como paz de espírito, calma, tranquilidade, serenidade, então os introvertidos possuem uma vantagem.

Tudo isto é apenas para ilustrar que a felicidade pode ser vivenciada por introvertido e extrovertido. Mas, se quer um conselho sobre como ser feliz, esqueça de buscar por felicidade, pois a explícita busca pela felicidade é algo inútil. Nossa cultura está obcecada pela busca de uma felicidade, alimentada principalmente pela indústria dos livros de autoajuda, mas ainda assim parece incapaz de conseguir encontrá-la. Mas esteja certa de que, se procurar vivenciar os 5 pilares do bem-estar de forma plena e alinhada, estará a meio caminho de lá. Talvez tenha sido exatamente isso que Einstein, Rosa Parks e Eleonor Roosevelt, e muitos dos que se tornaram gênios – introvertidos ou não – fizeram.

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